quinta-feira, 30 de outubro de 2008

TININITININITININI....


O SABRE DE CRISTAL

CAPÍTULO III – Tudo se desenrola

O repórter dormiu como um bebé – se mais um atentado destes lhe tirasse o sono era melhor mudar de vida – e resolveu debruçar-se mais um pouco sobre as questões em volta do sabre e do relicário. Juntos tinham superior importância simbólica e religiosa, separados valiam intrinsecamente: pelo contributo que o cristalaço - confirmadas as propriedades da lenda, em especial pelo manuseamento do especialista David - poderia trazer à tecnologia moderna, se pudesse ser replicado, e pela raridade única de tais antiguidades. Algo por que valia a pena matar, cogitou...

Pensamentos não eram tidos quando Mariazinha lhe ligou.

- Lembras-te daquela dica que te dei? Das velharias estrangeiras?

- Sim, abriste-me o apetite, e até já me interessei pelo assunto

- Pois a mim já me estragaram o pequeno almoço. O imperador foi assassinado, e logo quando eu estava de serviço! Foi uma confusão do caraças!

- Assassinado? De certeza?

- Pensa-se que envenenado, com uma daquelas toxinas que é muito difícil detectar. Só a autópsia o dirá. E eu estava na sala de vigilância a tempo inteiro, com os olmestinos, e ninguém sabe dizer como tudo aconteceu! Vale mesmo a pena ir fazer cursos ao FBI e à MOSSAD para isto! Tudo o que puderes fazer por fora para me ajudar é bem-vindo...

Foi ter com ela, e, mesmo com o passe especial e a cunha telefónica, quase lhe batiam antes de chegar ao local do crime.

- Olá fofinho, as minhas amigas têm-te tratado bem?

Ainda não se tinha habituado a saber que aquela ruiva, um mulherão de quase 1,80 metros e curvas de fazer uma modelo verde de inveja, gostava tanto ou mais de mulheres do que ele. Mas, também, era filha de um general, e tinha corrido Mundo quase a brincar com baionetas e rodeada de fardas... Deu nisto.

- Precisas mesmo de mim, para não entrares logo à bruta como é costume...

- Até parece verdade. Bom, é assim: o nosso esticadinho aproveitou a estada para completar a dentadura no consultório do dr. Ricardo. Segundo a assistente, o odontologista completou a primeira parte do implante, deu os pontos nas gengivas. Depois ela subiu a cadeira, pediu-lhe para bochechar com água, não se mexeu... e quando lhe tiraram o pano da cara estava morto. Sem um pio! E sabes o que é mais estranho? Não consegues adivinhar!

- Faltavam-lhe os olhos...

- Como é que...

- Isso agora não interessa, confirma mas é já se, na confusão, as preciosidades ainda lá estão. O mais certo é irem longe a esta hora...

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